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Somos acadêmicos do Curso de Letras e suas Literaturas da Universidade do Estado da Bahia, Uneb, Campus XVI, Irecê, Bahia.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Brincadeira X Ludicidade

Produzir um texto não é fácil, fazê-lo em mosaico é mais difícil ainda. A atividade proposta pelo professor Felippe Serpa, na aula de PP-IV, ”Texto Sanfonado”, a princípio transmitiu essa impressão, “não vai sair nada que preste, idéias soltas”. Já descrita neste blog no post “Dinâmica: Texto Sanfonado”, a atividade que tinha como objetivo propiciar à turma uma experiência lúdica, surpreendeu quando apresentados os resultados. Os textos produzidos tinham coerência, a atividade que inicialmente poderia ser vista apenas como brincadeira, levou-nos a interagir com o outro, a viver aquela experiência de maneira plena. Considerando Luckesi  que define a “atividade lúdica como aquela que propicia a ‘plenitude da experiência' ”, pode-se responder à inquietação deixada pelo professor em sala, que essa “história” de ludicidade, onde o sujeito se entrega e participa por inteiro, e que “enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além dessa própria atividade, internaliza o conhecimento, fazendo dele parte integrante em nossas vidas. Obrigada pela aula professor.
Adriana Maria de Souza Novais

3 comentários:

  1. Oi, Adriana, aqui é Milton. Parabéns pela boa articulação sobre a ludicidade. Como diria Machado de Assis, "a Educação é um vagão em movimento num trem parado". Como estamos a aprender nas disciplinas correlatas, o bom da Educação é que nada está por terminar, mas num eterno recomeçar sincrônico. Certamente, a ludicidade ajuda muito em cada recomeço. Por favor, continue postando suas reflexões. Para o bem da turma, que, por sinal, ainda não deu mostras de estar interessada em compartilhar conhecimentos no blog.

    P.s.: Aproveitei para marcar as palavras-chave.

    Um abração,

    milton de oliveira cardoso junior.

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  2. Adriana e Milton,

    Não estamos formados para a interatividade, nos moldes definidos por Marco Silva e desenhado por Adson na aula passada. O professor tenta oferecer um campo de possibilidades, mas os estudantes também podem apresentar outras possibilidades, reorganizar a que já foi apresentada, transformar-se numa equipe de trabalho! É difícil e, nessa hora, é que constatamos o quanto a pedagogia da transmissão ainda está incrustrada em nossas ações e pensamentos. Para mim, não tem sido fácil buscar a interatividade assim como para muitos estudantes, mas pensemos que temos um blog, que este está em processo de construção e que as pessoas estão disseminando algumas das práticas que temos levado para a sala (não como receitas, mas como possibilidades...). Milton tem toda razão quando destaca que ainda estamos em processo e esse é que é o gostoso do educar. Adriana, você articulou muito bem o seu discurso, mas vale chamar atenção de que nós construimos a aula juntos! Sem a participação dos estudantes, nada seria possível! Partimos do pressuposto de que o texto é interação e precisa ser construído na relação entre autor e leitor. Praticamos esse conceito do sociointeracionismo. Percebemos que alguns elementos da contemporaneidade são regulares nas dinâmicas do texto sanfonado, porque integram o contexto histórico-social atual. Entendemos a importância do contexto para o texto. Do texto sanfonado, podemos partir para tratar de conteúdos que indiquem valores (atitudinais), indiquem procedimentos (o que é preciso fazer com o que se sabe) e indiquem conteúdos (conceitos, fundamentos). Compreendemos a importância do coletivo na construção de uma atividade como essa e da convivência com o ritmo do outro no processo de produção coletiva. Percebemos como usar o conceito de texto em procedimentos que visem a aprendizagem. Vamos continuar construindo... Estamos imersos no movimento de aprendizagem!!! Abraço,
    Felippe.

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  3. Professor Felippe,

    Confesso que, em termos de ludicidade, eu só posso opinar no campo de minhas próprias experiências pessoais como aluno das primeiras séries (alfabetizado em casa por meu pai, ingressei na primeira série, na qual vivenciei uma interação bastante lúdica em vista de a professora ter excelente formação e , consequentemente, estar atenta ao desenvolvimento do aluno - escrevi um tópico a respeito em meu blog. Sem falar, naturalmente, em meu ambiente familiar, em que ouvia histórias, músicas e brincávamos, eu e um batalhão de primos, lá em nosso Macondo). Presenciei Adson no ato de desenhar o gráfico do que seria a construção da ludicidade em sala de aula, mas, ainda assim, percebo que preciso me aprofundar na literatura da ludicidade, a fim de compreendê-la melhor. De resto, só posso concluir pela certeza de que o aluno apreende a vivência escolar a partir do que ele já é e traz consigo das experiências alheias à escola. Quanto à relação entre texto, autor e leitor, a premissa é verdadeira.
    Agradeço pelo comentário, que me levou a refletir sobre o grau de meu interesse no tema. Obrigado, também, pelas boas aulas.

    Um abraço,

    Miltn Cardoso.

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