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Somos acadêmicos do Curso de Letras e suas Literaturas da Universidade do Estado da Bahia, Uneb, Campus XVI, Irecê, Bahia.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Modernidade Líquida




Amores líquidos x Amores sólidos

      O desenvolvimento rápido e não sustentável em vivemos  promove as leis do mercado, onde elas se atrevem a tudo e todos, inclusive se apoderando dos sentimentos, inundando as relações pessoais e amorosas. Como todo relacionamento é relativo, pois tudo depende de tudo, das circunstâncias, do ambiente cultural, financeiro, social, profissional e etc., percebe-se que a sociedade está incorporando a liquidez ($) amorosa com mais abertura do que imaginamos.
      Evidentemente que a era do amor platônico, do amor sem toque, sem cheiro, já se vai longe, graças a essa transformação cultural da sociedade. As contribuições dessas transformações acentuaram ainda mais a liquidez ($) amorosa e arremessou o homem moderno no mercado de consumo criando relações sem vínculos, muito embora conectado. Essa liquidez exacerbada minou conceitos, preceitos, convenções sociais há muito enraizadas e consideradas o porto-seguro dos relacionamentos. Entretanto, todas as convenções e conceitos conhecidos sobre o que seja o amor podem ser considerados como sólidos? Há garantia expressa de amor eterno, que dure “para sempre” ou “até que a morte os separe” baseados em leis jurídicas? Procedimentos legais, formalidades, convenções sociais são vulneráveis às leis do amor. Não serão elas nem a duração do relacionamento no tempo que o solidificam, há de se considerar a intensidade e a capacidade de entrega total ao ser amado e no exato momento em que acontece.
      Há os que defendem um amor baseado nas leis regidas pelo coração, não se submetendo a convenções ou formalidades legais, outros ainda, não abrem mão dos rituais religiosos e legais por acreditarem que tais procedimentos solidificam o amor.
      Amor sem vínculos legais, ou mesmo o Amor Líquido, ditado pelo mercado de consumo, vem modificando o conceito de Amor Sólido, baseado em formalidades e leis com a idealização de que o relacionamento será “eterno” ou “para sempre” só porque está firmado em documento ou porque a igreja assim o determina.

Para vocês há regras ou convenções para ser feliz?    

A mídia e o mercado de consumo são os responsáveis pelo descompromisso vivido nas relações amorosas ou só exploram algo que já está latente no seio da sociedade moderna?


Pessoas que compreendem algo em toda a sua
profundeza raramente lhe permanecem fiéis
para sempre. Elas justamente levaram luz à
profundeza: então há muita coisa ruim para ver.
(NIETZSCHE, 2000, p. 266).
 
LIVRO:

Amor  Líquido
Sobre a fragilidade dos laços humanos

SINOPSE:

     A modernidade líquida – um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível – em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos em atividade, investiga nesse livro de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em “redes”, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade – e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual –, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação, esse livro é um alerta: não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. Como exemplo, o autor examina a crise na atual política imigratória de diversos países da União Européia e a forma como a sociedade tende a creditar seus medos, sempre crescentes, a estrangeiros e refugiados. Com sua usual percepção fina e apurada, Bauman busca esclarecer, registrar e apreender de que forma o homem sem vínculos — figura central dos tempos modernos — se conecta.
     Dentro de um contexto escolar é interessante, o professor formador, refletir sobre essas novas relações da modernidade e também abrir novas discussões que nos proporcionarão novas visões sobre o mundo e sobre os nascidos digitais que “enfrentaremos” em sala de aula.  

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